Falta de sono afeta o dia a dia e a essa privação pode causar cansaço, falta de concentração, irritabilidade e até aumentar o risco de acidentes.

Muitas situações se resolvem com uma boa noite de sono, e isso não é da boca pra fora. Pois é justamente durante o sono que o corpo trabalha nas principais funções restauradoras, como o reparo de tecidos, crescimento muscular, a síntese de proteínas. Isso tudo é essencial para manter corpo e mente ambos saudáveis.
Dormir bem precisa se tornar um hábito, mas afinal, o que fazer para ter uma boa noite de sono? A Médica de Família e Comunidade Letícia Butzke, do Instituto Curitiba de Saúde – ICS, explica que é essencial ter uma rotina.
“É importante dormir e acordar no mesmo horário todos os dias, respeitando o ciclo circadiano, que seria estar mais ativo no período de incidência solar e menos ativo após o pôr do sol”. Além disso, evitar alguns itens que podem afetar o sono. “Bebidas estimulantes como refrigerantes, café, chimarrão, chá mate, energéticos, guaraná, entre outros, precisam ser evitados após o meio da tarde, perto das 15 horas”, completa.
Ainda, é preciso pensar em um ambiente propício para o sono, principalmente na superexposição à tela. “Tem de criar um ambiente escuro e silencioso, praticar atividades relaxantes, como ler ou meditar. Exercícios físicos regulares são ótimos, mas evite perto da hora de dormir”, alerta a médica Letícia.
Segundo a Médica de Família do ICS, a necessidade de sono é muito individual e varia de pessoa para pessoa. “Em média, adultos precisam de 7 a 9 horas por noite, enquanto crianças e adolescentes precisam de mais. O mais importante é a qualidade do sono e como você se sente ao acordar. O ideal é sentir-se descansado ao acordar, não importando tanto assim a quantidade de horas dormidas”, diz a profissional.
Riscos
A falta de sono afeta o dia a dia e essa privação pode causar cansaço, falta de concentração, irritabilidade e até aumentar o risco de acidentes. “Em longo prazo, essa falta de sono pode prejudicar a memória, o sistema imunológico, cardiovascular e até contribuir para o ganho de peso. Dormir mal com frequência pode afetar muito a saúde, como por exemplo, aumenta o risco de doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão, ansiedade e depressão”, detalha a médica.
Além disso, pode enfraquecer o sistema imunológico, prejudicar a memória e acelerar o envelhecimento. Quanta coisa, viu?
Quanto dormir?
A Médica da Família e Comunidade falou sobre acordar bem e descansado. Ainda assim, há uma referência conforme a idade. Confira:
– Recém-nascidos (0-3 meses): 14-17 horas
-Bebês (4-12 meses): 12-16 horas (incluindo cochilos)
-Crianças pequenas (1-2 anos): 11-14 horas
-Pré-escolares (3-5 anos): 10-13 horas
-Crianças (6-12 anos): 9-12 horas
-Adolescentes (13-18 anos): 8-10 horas
-Adultos: 7-9 horas