Oncologista aborda prevenção e diagnóstico do câncer de mama
A segunda palestra da edição 2023 da campanha Outubro Rosa do Instituto Curitiba de Saúde (ICS), no último dia 16, ficou a cargo da oncologista Ana Claudia Kutax Buiar, que comanda o programa Oncovida. Ela falou sobre “Prevenção e Diagnóstico do Câncer de Mama”.
Na apresentação, a médica lembrou que o câncer de mama é a segunda causa mais frequente de malignidade entre as mulheres no mundo, onde são registrados mais de 2 milhões de casos a cada ano. Só perde para o câncer de pele do tipo não melanoma.
Ela também enumerou os principais fatores de risco para a incidência do câncer de mama, entre os quais: ser mulher (a proporção é de 260 mil novos casos em mulheres para 3 mil em homens); o avanço da idade; obesidade; estatura (mulheres acima de 1,75m têm mais propensão); histórico familiar; patologia benigna prévia; densidade do tecido mamário; menarca precoce ou menopausa tardia; e gravidez após os 35 anos, entre outros.
A Dr.ª Ana Claudia destacou ainda que a mamografia que demonstrou redução na mortalidade associada ao câncer de mama. E ressaltou que a mastectomia não é mais a única maneira de remover o câncer de mama. “Ela é indicada apenas em alguns casos”, comentou. “Cada caso é um caso, e há diferentes formas de tratar.”
Outro assunto aprofundado na palestra foi a hereditariedade. Em relação à história familiar, deve-se levar em consideração os parentes de primeiro e segundo graus; investigar neoplasia de mama em mulheres e homens da família; e explicar os riscos e benefícios da consulta oncogenética.
A médica também recomendou prestar atenção em qualquer alteração no aspecto das mamas, como a sensação de estar mais espessa, um recuo, feridas, calor ou vermelhidão, algum fluido, covinhas, calombo, veia saltada, alguma mudança na forma ou tamanho, a retração do mamilo, uma textura similar à casca de laranja e algum caroço escondido. “Por isso recomendamos mamografias anuais para todas as mulheres a partir dos 40 anos, ou antes disso e a cada seis meses para aquelas que têm fatores de risco ou histórico familiar”, concluiu.