Fisioterapeutas falam sobre orientações e exercícios na saúde da mulher
No último dia 25, o ciclo de palestras do Outubro Rosa foi dedicado à fisioterapia: as fisioterapeutas Cinthia Wahrhaftig e Lizianne Dias falaram sobre orientações e exercícios no contexto da saúde da mulher.
Elas lembraram que as diferentes fases no desenvolvimento da mulher estão diretamente relacionadas às questões físico-corporais. “Todos os ciclos femininos têm impacto direto no corpo da mulher. A puberdade, a fase fértil, a gestação, a menopausa e a terceira idade têm uma série de implicações físicas”, destacaram. “As principais são incontinência urinária, alterações pré e pós-parto, disfunções sexuais, osteoporose etc.”
Daí a importância da prática regular de atividades físicas e de uma alimentação adequada. “O hábito de praticar exercícios físicos regulares ajuda na perda de peso, previne a osteoporose e diminui a probabilidade de desenvolver câncer de mama”, ressaltou Cinthia. “É preciso encontrar prazer na atividade física. Se você não gosta de ir na academia, pode fazer uma caminhada no parque, andar de bicicleta, dançar ou fazer natação. O corpo humano não foi feito para ficar parado.”
Os benefícios de quem consegue sair da inércia e vencer o sedentarismo são muitos e visíveis: “Fazer uma atividade física regular, pelo menos três vezes por semana, alivia o estresse, melhora a imunidade, equilibra a pressão sanguínea, queima gordura, aumenta a disposição, melhora o humor, dá mais força e flexibilidade e fortalece os ossos. Ali na fisioterapia temos o Força e Equilíbrio, um programa de exercícios funcionais bastante completo”, reforçou Lizianne. “Sem falar na acupuntura e drenagem linfática.”
Outra questão que interfere na saúde e funcionalidade do corpo é a alimentação. “O hábito de consumir alimentos industrializados, inflamatórios, açúcar, gordura saturada, álcool, mais cedo ou mais tarde vai cobrar o seu preço na saúde do corpo”, alertaram.
As fisioterapeutas mencionaram ainda os fatores de risco para o câncer de mama relacionados ao estilo de vida. “Sedentarismo, obesidade, o uso prolongado de hormônios sintéticos, não ter filhos, alimentação irregular, são alguns comportamentos que podem levar a uma maior incidência do câncer de mama”, enumeraram.
Depoimento
A palestra terminou com o depoimento emocionante de uma paciente de 62 anos que fez o tratamento de câncer no Instituto Curitiba de Saúde (ICS): “Em 2021 eu descobri um câncer de mama raro e muito agressivo. Comecei com a radioterapia, fiz químio (e tive todos os sintomas), uma neuropatia periférica no ombro, perdi o cabelo, emagreci 10 kg, minhas unhas escureceram e parecia que eu tinha areia debaixo dos pés”, relatou. “Fiz a cirurgia, tirei um quadrante da mama direita e segui todo o tratamento. Acupuntura para a neuropatia, que levou a uma melhora muito grande. Pilates, fisioterapia com a Dr.ª Cinthia e fui melhorando a cada dia, tanto das dores nas pernas e nos braços como na parte emocional e da insônia. Hoje o Pilates e a acupuntura têm sido o meu remédio. Voltei e fazer a mamografia recentemente e não tenho mais nada”, concluiu.