“Eu atropelei o câncer e você também vai atropelar.”

Tânia Aparecida de Souza, supervisora da Central de Atendimento ao Beneficiário do ICS, enfrentou (e venceu) o câncer de mama.

Uma testemunha da importância do diagnóstico precoce e da eficácia do tratamento de câncer de mama atua na linha de frente do atendimento ao público do ICS: é a supervisora da Central de Atendimento ao Beneficiário, Tânia Aparecida de Souza, que em 2015 enfrentou (e venceu) a doença.

“Em 2010, eu fiz uma mamografia porque pretendia fazer um implante de silicone. Apareceu um nódulo, que na ocasião foi investigado e deu negativo. Dei uma relaxada, em 2015 fiz outra e a médica daqui disse que não gostou do que viu e pediu para investigar”, contou Tânia. “Dessa vez era câncer, e já estava até um pouco avançado: havia dois nódulos – um de 2,5mm e outro de 2mm –, e já havia chegado à axila.”

“Assim que recebi a notícia foi aquele susto, uma tristeza muito grande. Querendo ou não, a possibilidade de morrer passa pela sua cabeça”, relatou. Ela passou removeu os nódulos em uma cirurgia, que transcorreu bem, mas para evitar a recidiva teria que se submeter a sessões de químio, radioterapia e tratamento com hormônios.

“Foi um pouco assustador no início. Minha primeira preocupação foi saber quando eu perderia os cabelos”, relembrou Tânia. “A enfermeira falou: ‘no 14.º dia o cabelo vai começar a cair’. Dito e feito: no 14.º dia eu comecei a perder os cabelos. Vivi exatamente aquela cena da Carolina Dieckmann na novela Laços de Família.” Para completar, o namorado da época a abandonou.

As múltiplas versões de Tânia de Souza durante o tratamento: com lenços coloridos, careca, de peruca e quando o cabelo voltou a crescer.

Porém, mesmo com medo, Tânia decidiu encarar a doença de frente, sem se deixar abalar: “Jamais me revoltei ou questionei por que isso aconteceu comigo. Se caiu no meu colo, é porque eu tenho condições de lidar com essa doença. Só depende de mim: ou eu me entrego para o câncer, ou eu passo por cima dele”, destacou. “Eu não deixei de trabalhar, eu saía normalmente, ia para a balada, e quando o cabelo caiu eu usava lenços coloridos e caprichava na maquiagem, para desviar a atenção da careca.”

Tânia conta que também teve muito apoio da família – “minha filha quis raspar o cabelo para me acompanhar, eu que não deixei. Sem falar na minha irmã, que me acompanhava em todos os lugares” – e dos colegas de trabalho: “O pessoal aqui do ICS até fez uma vaquinha para comprar uma peruca super realista, que eu passei a usar. Gostei da peruca e comecei a brincar com a situação: um dia eu estava morena, no outro loira ou ruiva”, recorda.

Esse alto astral deu resultado: assim como a cirurgia, os tratamentos deram resultado, e hoje Tânia está livre do câncer – e ostenta uma bela cabeleira castanha. Foram seis meses de quimioterapia, um mês de rádio, fora os medicamentos e o tratamento com hormônios. E ela faz mamografia a cada seis meses, para monitorar a situação. Os cabelos começaram a nascer assim que o tratamento foi encerrado, e voltaram totalmente ao normal cerca de um ano depois.

Com frequência ela atende em seu setor mulheres assustadas, que acabaram de receber o diagnóstico, e as tranquiliza: “Eu digo para elas: ‘você é forte, vai passar por isso da mesma forma que eu passei. A tecnologia está muito avançada – inclusive para evitar a queda de cabelo –, a chance de cura é grande, vai dar tudo certo. Você vai atropelar o câncer, assim como eu atropelei”, conclui.

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