Médica nutróloga do ICS, Raquel Danielle Maciel Branco, dá detalhes sobre o que o açúcar pode causar no organismo

O consumo exagerado de açúcar é um hábito presente na rotina de muitas pessoas e, embora seja prazeroso, pode acarretar sérios prejuízos à saúde, que vão desde o aumento de peso até o envelhecimento precoce.
De acordo com a médica nutróloga Raquel Danielle Maciel Branco, do Instituto Curitiba de Saúde – ICS, os perigos do excesso de açúcar são diversos e afetam o corpo de maneiras distintas. Entre os principais problemas estão o desenvolvimento de obesidade, resistência à insulina e o risco elevado de diabetes tipo 2. Além disso, o consumo exagerado pode levar ao aumento da gordura visceral, desequilíbrio da flora intestinal, envelhecimento precoce da pele e até mesmo alterações de humor e memória.
Um dos efeitos imediatos é a queda de energia e compulsão alimentar, causadas pelos picos e quedas de glicose no sangue, que geram um ciclo vicioso de consumo.
Qual o limite ideal?
Para evitar esses problemas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece diretrizes claras para o consumo diário de açúcar. O limite ideal recomendado é de 25 gramas por dia, o que equivale a aproximadamente seis colheres de chá. O limite máximo não deve ultrapassar 50 gramas por dia, o que inclui tanto o açúcar adicionado (em cafés e receitas) quanto o presente em produtos industrializados.
Existe um momento ideal para consumir açúcar?
Embora o ideal seja a moderação, a médica Raquel Danielle Maciel Branco explica que existem horários “menos piores” para consumir algo doce, reduzindo os efeitos negativos. Os melhores momentos são:
Após uma refeição completa: Comer algo doce depois de uma refeição rica em proteínas, fibras e gorduras boas ajuda a reduzir o pico glicêmico, que é o aumento repentino de glicose no sangue.
Antes ou após o exercício físico: Nesses momentos, o corpo tende a utilizar a glicose de forma mais rápida, minimizando o impacto negativo.
Por outro lado, a médica alerta para os momentos que devem ser evitados, como o consumo de açúcar em jejum — que causa um pico de glicose seguido de um “rebote de insulina” — e o consumo à noite, especialmente para quem tem dificuldade para dormir ou resistência à insulina, já que a glicose pode atrapalhar a qualidade do sono.