Julho amarelo chama a atenção para as hepatites virais
Estamos no Julho Amarelo, o mês dedicado à prevenção e conscientização sobre as hepatites virais. Elas podem não apresentar sintomas durante um período da infecção, e estima-se que passem despercebidas por pelo menos 1 milhão de pessoas no Brasil.
Só as dos tipos B e C são responsáveis por cerca de 74% dos casos de hepatites virais no país, sendo que a hepatite C é a causa de 76% das mortes, de acordo com o Instituto Brasileiro do Fígado (Ibrafig). A campanha do Julho Amarelo destaca a importância da testagem precoce e do tratamento da doença.
A hepatite é uma inflamação no fígado, que pode ser causada por diversos fatores: infecção, uso de medicamentos, álcool e outras drogas, doenças autoimunes, metabólicas ou genéticas. Os sintomas mais comuns são cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
No Brasil, as hepatites mais frequentes são as do tipo A, B e C. A D tem maior prevalência no Norte do país, enquanto a E é mais comum na África e na Ásia.
Confira abaixo os tipos de hepatites:
Hepatite A – Provocada pelo contato com água ou alimentos contaminados, é comum em áreas com falta de saneamento básico. É transmitida também pelo contato com portadores da doença.
Hepatite B – Causada pelo vírus HBV, é transmitida pelos fluidos corporais (sangue, saliva e outras secreções).
Hepatite C – Transmissão semelhante à da Hepatite B, pois o vírus circula pelo sangue das pessoas contaminadas.
Hepatite D – É transmitida de maneira similar às hepatites B e C, também surge de uma associação do vírus da hepatite D (VHD) com o da hepatite B (VHB).
Hepatite E – Rara no Brasil, mais frequente na África e na Ásia, a transmissão também se dá pela via fecal-oral, por meio do consumo de água e alimentos contaminados. A transmissão de pessoa para pessoa é rara. Higiene pessoal e precauções sanitárias universais ajudam a prevenir a doença.
A vacina é uma boa forma de prevenção contra as hepatites do tipo A e do tipo B, sendo que o imunizante para a hepatite B também protege para o tipo D. Elas estão disponíveis gratuitamente pelo SUS.