Oncologista do ICS ressalta que a incidência da doença é relevante; como crianças e jovens com idade de 0 e 19 anos, sendo os mais afetados.

O trabalho pela conscientização de um diagnóstico precoce é uma das principais lutas do Dia Internacional da Luta Contra o Câncer Infantil, comemorado no último sábado, dia 15.

Saber identificar a doença e ter acesso a tratamentos efetivos são primordiais para salvar vidas. No Instituto Curitiba de Saúde, a oncologia é uma das especialidades oferecidas aos seus beneficiários e dependentes, inclusive no Centro Solar de Saúde.

Entre o corpo clínico está o Dr Lucas Fernandes, que alerta sobre os principais tipos de câncer que afetam as crianças: leucemias, linfomas e tumores do sistema nervoso central, além dos tumores ósseos. Segundo ele, nos mais jovens surgem outros tipos como os neuroblastomas, que afetam o sistema nervoso periférico, os retinoblastomas, tumores na retina e os tumores germinativos, que podem surgir nos testículos dos meninos ou nos ovários das meninas, e os sarcomas, que afetam os ossos e as partes moles do corpo, como gordura, nervos, vasos sanguíneos e até a própria pele.

O oncologista ressalta que, embora a maioria desses tumores seja rara, a incidência é relevante, como crianças e jovens com idades de 0 e 19 anos, sendo os mais afetados. O fator de risco principal, segundo ele, é ser criança, pois não existe histórico familiar comum ou um rastreamento eficaz, ao contrário do que acontece com os adultos.

Dr. Lucas Fernandes médico Oncologista do ICS. Foto: Arquivo pessoal

Dr. Lucas também alertou para os sinais que os pais devem observar em seus filhos para ter um diagnóstico precoce. “Sintomas como palidez, febre prolongada, hematomas sem explicação, aumento de glândulas ou dores ósseas podem ser sinais de alerta para o câncer”, destaca o médico. A recomendação é que, ao perceber esses sintomas, os pais procurem atendimento médico o quanto antes, já que o diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de cura.

Quando o câncer infantil é detectado, o tratamento geralmente envolve três pilares: a quimioterapia (que acontece por meio de medicação intravenosa ou comprimido), cirurgias para a remoção do tumor e a radioterapia, que utiliza radiação para eliminação das células cancerígenas. Segundo Dr. Lucas, existe uma boa notícia, a grande maioria dos tumores infantis tem uma chance de cura muito alta, principalmente leucemias agudas, que representam cerca de 75% a 80% dos casos. “A cura é possível, e os avanços médicos têm mostrado que até 2030, cerca de 60% das crianças com câncer terão uma expectativa de vida muito maior”, afirma.

O especialista finaliza sua mensagem destacando a importância da conscientização sobre o câncer infantil. “É fundamental que os pais não negligenciem sintomas aparentemente simples e busquem sempre a orientação médica’’, afirma. Além disso, a cooperação entre médicos oncologistas e geneticistas é essencial para entender as causas dos tumores e garantir um tratamento individualizado para cada criança.

Embora a luta contra o câncer infantil seja delicada, os avanços médicos oferecem uma esperança real de cura, e o compromisso com a saúde das crianças é o primeiro passo para garantir que todas tenham uma chance de vencer a doença.

Dia da Luta Contra o Câncer Infantil: Diagnóstico precoce é a chave para a cura
Compartilhe esta notícia:
Classificado como: