Monitoramento por oximetria fornece dados de relevância clínica
Oximetria é um procedimento que permite medir a saturação de oxigênio do sangue, ou seja, mede a porcentagem de oxigênio que está sendo transportada na circulação sanguínea.
Este teste pode ser feito no hospital ou em casa, com um oxímetro de dedo ou de pulso.
O exame é importante quando há suspeita de doenças que prejudicam o funcionamento dos pulmões, doenças cardíacas ou neurológicas, por exemplo.
A Organização Mundial de Saúde (OMS), em janeiro deste ano, publicou uma atualização sugerindo o uso do oxímetro para monitoramento domiciliar do nível de oxigênio nos pacientes com COVID-19.
O aparelho oxímetro é colocado em um dos dedos, onde o visor mostra uma porcentagem que vai de 0 a 100%. Os valores normais de oximetria estão entre 95 e 100%. Lembrando que o uso de esmaltes nas unhas compromete o funcionamento.
Para os pacientes que estão em monitoramento domiciliar, o oxímetro auxilia na detecção da hipóxia silenciosa (queda dos níveis de oxigênio sem sintomas de falta de ar), que é um dos indicativos de buscar atendimento médico hospitalar.
A detecção precoce é fundamental para diminuir a letalidade da doença.
O oxímetro pode ser adquirido em farmácias ou lojas de materiais hospitalares.
Secretaria Municipal da Saúde
Desde agosto, a Secretaria Municipal da Saúde começou o monitoramento por oximetria em grupos de risco, tendo registrada uma expressiva redução nos óbitos de pessoas acima de 60 anos diagnosticadas com covid-19.
O monitoramento feito pelas equipes é uma parceria da Prefeitura de Curitiba com a Sociedade Brasileira de Infectologia e acontece em todas as regionais da cidade. De agosto a 20 de fevereiro foram monitorados quase 19 mil idosos.
De casa em casa
De domingo a domingo, equipes das Unidades de Saúde de Curitiba visitam pessoas de grupo de risco, como idosos e alguns doentes crônicos com sintomas ou covid-19 confirmada, para medir o nível de oxigênio no sangue e detectar a hipóxia silenciosa.
As visitas são feitas duas vezes ao dia, entre o 5º e o 9º dia do início dos sintomas, período em que a doença pode agravar.